quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sangue no pénis causa acidentes

Adoro observar homens a observar mulheres. Adoro.

A tentar apreciar e caminhar sem tropeçar nos próprios pés - o que para eles, já sabemos, não é tarefa leve. Ou a olhar de soslaio enquanto respondem, em absoluta desatenção, à namorada que levam pelo braço. Ou - um grande clássico - a acelerar o passo para tentar ver a cara da miúda cujo rabo lhes agradou momentos antes. Maravilhoso.

Gosto das caras de parvos. Dos queixos que não poucas vezes descaem mesmo. Das cotoveladas tããão discretas que dão no amigo que segue ao lado. Da falta de noção de que o mundo à volta não parou.
É tudo tão bom.

O meu gostar é genuíno. Pois se eu sou mulher e também olho!
Adoro pernas bem torneadas e dou mil pontos se acabarem nuns sapatos bonitos, com um salto elegante. Gosto de um decote cheio mas discreto, de umas mãos cuidadas, de uma cara arranjada (não necessariamente maquilhada e nunca, NUNCA, excessivamente colorida). Ou apenas, de ver passar uma mulher com um rasgo de “eu sei quem sou e gosto de mim so go fuck yourselves”. Sabem como é? Claro que sabem.

Nós, mulheres, somos raios de Sol. Temos linhas curvas e recantos e cheiros, que eles não conseguem ter. Por mais metro que sejam. Há uma graça em nós que é só nossa. Uma força, uma luz, um colorido, um deslizar. Não sei o que é. Mas sei que está lá/cá e que é bom de se ver.

Dito isto, à hora do almoço vi um homem a cair para cima de um carro quando tentava não perder pitada de uma mini-saia branca que seguia mais ao lado.
Made my day.


 

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Sonhos