quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A histeria dos outros controlada em segundos

O meu pai morreu no Natal.

Adoro dizer isto a quem me pergunta pelo meu espírito natalício.
Se forem mesmo muito insistentes e pegajosos, falo no cancro.
Inoperável.

Mal termino a frase, parecem chitas. A correr doidas pela savana.

Infelizmente é verdade e acho que até lido bem com o assunto.
Mas não me venham cá com alegrias impostas! Eu sou feliz quando quiser e/ou puder e não de cada vez que enchem as ruas de luzinhas brilhantes.

Vamos lá ver: eu também gosto de sexo mas não é por isso que ando a inundar o telemóvel dos amigos e conhecidos, com mensagens comemorativas, de cada vez que tenho um orgasmo.
Nem me chegava o orçamento.

Se eu respeito os vossos pais natais trepadores e presépios com ovelhinhas e musgo, respeitem os meus enfeites de Natal armazenados no fundo da despensa.
Ou isso, ou podem enfiar o vosso lindo pinheirinho onde a estrela que guiou os Reis Magos não brilha.
Pode ser?


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