quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sou da ternura

Eu sou uma confessa velha dos afetos.
Uma idosa do carinho.
Uma clássica do mimo.

Eu acredito piamente no valor supremo da ternura.
Aprecio pequenos gestos cheios de significado.
Gosto de gentilezas e de cavalheirismo.

Eu enterneço-me ao ver velhos de mão dada, ainda que desconfie sempre se não estarão a enganar os respetivos cônjuges, presos a uma cama com uma bacia partida ou cataratas galopantes.
Ir às chegadas do aeroporto sem um pacote de lenços é impensável. Se tenho que lá ficar mais do que meia dúzia de minutos é certo que se me vão encher os olhos de água.

Eu gosto de andar de braço dado.
E adoro beijos na testa e nas mãos.

O amor comove-me. A ternura quebra-me a casca.

 

 
 


 
 
 

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Sonhos